domingo, 28 de abril de 2013


Estou alfabetizando meu filho de seis anos.


   Existe a escola, porém como mãe e pedagoga me sinto na obrigação de ajuda-lo nesse processo tão importante e imprescindível para sua vida.
  Que processo longo, moroso, mas que ao mesmo tempo torna-se gratificante ao vê-lo lendo as primeiras palavras. As fases, a mudança de didática quando é necessário, quando percebo que ele não está gostando daquela forma que estou ensinando.
  De repente percebo que ele está querendo montar palavras que têm mais de duas sílabas, fico um pouco resistente, porém vejo que ele está muito interessado e mudo minha estratégia. Não adianta forçar um caminho que ele não terá interesse, não se despertará para aprender. Quando atendo o seu pedido, o nível de interesse muda, o aprendizado se torna prazeroso, e vejo um melhor aproveitamento. É claro que nem todos os momentos eu mudarei meu planejamento, mas existem fatos que vou ter que escutar e levar em consideração.
  Quando comecei a ensinar, mostrando as letras, as vogais, montando seu nome de maneira musical, tanto para o alfabeto, como para as vogais, eu usei a música e deu certo. Atualmente, estou usando o quadro, montando as famílias das sílabas e palavras. Também uso letras formadas por borrachas para montar palavras, e aí a gente viaja nesse mundo das letras.
  Tamanha alegria tive quando Matheus, por atitude dele, sem eu pedir, foi montando as palavras, mostrando como eram formadas as palavras e deixei fluir, ele foi mostrando, como se estivesse me ensinando e achei muito recompensador pelo trabalho que venho fazendo com ele.

O que você vai ser quando crescer?

Um dia me perguntaram o que eu queria ser quando crescer, e desde criança me pergunto se eu vou ser ou se eu já sou.
   Não preciso de título de profissão para poder ser alguém, eu já sou. Não preciso ter, não é que eu tenha ou não tenha, eu sou.
Sou uma pessoa independente do que tenha ou possuo. Apenas, sou.
   A completude do meu ser aconteceu quando nasceram os meus filhos. Ser mãe é a maior conquista que eu pude obter. Amo meus filhos, seu jeito, o desenvolvimento deles.
 E vou me controlar para não fazer a mesma pergunta boba que me fizeram quando eu era criança. Eles já são, independente das suas escolhas profissionais e financeiras. Eles são e são muito para mim.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Saudade, palavra triste...

 

     Como é complexa essa palavra, como ela nos leva a fatos e momentos que não existem mais na atualidade, porém faz parte do nosso dia-a-dia e não conseguimos tirá-la mais.

    Saudade da minha infância, do meu pai, que demonstrava tanto amor, tanto carinho e hoje não está mais aqui. Homem com H maiúsculo, forte, honesto e que lutou até o fim para continuar vivendo. Não sei o que seria de mim se não fosse meu pai, pois foi ele quem me educou, e que me mostrou muitas coisas importantes, e uma delas foi a capacidade de analisar a política,  ter um discernimento sobre determinada postura de algum político que certamente tinha algo por traz.

  Foi nesse mundo crítico, de discussões políticas que fiz a minha formação de Jornalista, aprendendo mais em casa do que em qualquer faculdade. Um homem inteligente, sábio, que possuía um arsenal vasto de estórias e piadas inteligentes.Como eu tenho saudade daquele pai, dos seus conselhos. Já faz dez anos que ele se foi, porém a dor permanece e a falta, oh,  a falta não tem tamanho.

    Saudade, painho de ti.